O CENTRO ESPÍRITA IRMÃ ROSA – CEIR – foi fundado em 02 de dezembro de 1920 por D. Julieta Moraes de Andrade, contando com um grupo de colaboradores, a se destacar dentre estes, a D. Maria da Glória. Seu primeiro estatuto foi registrado em 08 de outubro de 1925.

Entretanto, como de praxe, sabe-se que a Casa foi preparada muito antes de sua fundação oficial. Em 1918, Arthur Nunes da Silva já iniciava o seu trabalho junto ao grupo de D. Julieta contribuindo como médium recebendo a “Oração pela paz”, entre outras valiosas preces.

Em 30 de setembro de 1926, o CEIR passou a funcionar em imóvel próprio, no endereço atual, como registrou D. Julieta em livro de ata do CEIR: “O Centro Espírita da Irmã Rosa, que, como grupo particular, funcionando à Rua Cabral, 91, inaugurou o seu prédio, com a Graça de Deus, em 30 de Setembro de 1926, foi fundado em 1920. Graças a Deus, tem conseguido progredir tendo como escopo a pedra sobre a qual Jesus fundou a sua verdadeira Igreja – A Caridade.”

Nesta oportunidade, a ata inaugural da sede própria registrou os discursos de Arthur Nunes da Silva, Aristides Rodrigues Vaz (redator da ata) e Aldino Braga Juahyba. Em 1926, a atual Rua Dr. Leandro Motta chamava-se Travessa de Santa Rosa, depois passou a chamar-se Rua Cleto Campelo, até chegar a denominação atual.

Além dos trabalhos doutrinários teóricos e práticos, funcionava também gabinete dentário e consultório médico na sede da atual Rua Dr. Leandro Motta.

Em 1930, Anália Franco já era a Mentora das reuniões dos sábados.

Em 15 de setembro de 1931, foi adquirido o terreno da segunda sede, que fica na atual Travessa Campos Viana, 7 (antiga Ismênia Campos).

Em 1932, já funcionava na sede da atual Campos Viana a “Escola Pública Irmã Rosa”, com reconhecimento do poder público.

Em periódico da época, declarou o jornalista Lobão da Costa: “Possui o Centro Espírita Irmã Rosa, além da sede, outro prédio onde funciona uma Escola Pública que é totalmente custeada pelo mesmo, com uma frequência de 150 alunos com credos distintos.”

Em 1947, chegou à Casa D. Maria de Lourdes Viegas, que viria a ser mais uma incansável trabalhadora da Seara de Jesus no CEIR.

Em 15 de março de 1957, aniversário de D. Julieta, Arthur Nunes da Silva recebeu em sessão no CEIR o poema “Palavra à D. Julieta de Andrade” detalhando o planejamento espiritual para a criação do CEIR.

Arthur Nunes da Silva recebeu também, entre outros, o poema “Hino à Irmã Rosa”.

O poema “Invocação à Irmã Anália Franco” foi recebido em 1950 pela mediunidade de D. Lourdes.
Em 14 de junho de 1956, Olavo Bilac escreveu através da mediunidade da D. Lourdes o poema “Súplica”.
Em 10 de outubro de 1957, D. Lourdes recebeu o poema “Prece”. Várias outras preces em forma de poema foram recebidas na Casa.

Desencarnou D. Julieta em 1962, tendo assim presidido a Casa por 42 anos. O jornal “O Fluminense” assim noticiou em 11 de julho de 1962: “(…) D. Julieta era estimadíssima pela pobreza de toda a cidade. Desapareceu aos 99 anos de idade e até bem pouco tempo ainda presidia os trabalhos no Centro que fundou.”
Em 12 de julho de 1962, foi realizada no CEIR uma reunião solene para homenagem póstuma à fundadora e presidente pelo 7º dia de sua passagem para o Mundo dos Espíritos.

Assumiu a presidência por eleição a D. Lourdes em 6 de dezembro de 1962.

Em 1972, iniciou-se a reforma da Casa da Rua Leandro Motta, e o CEIR passou a funcionar, provisoriamente, no 3º andar da sede da Federação Espírita do Estado do Rio de Janeiro (FEERJ), permanecendo lá por 1 ano.

Em 6 de outubro de 1973, realizou-se no CEIR o ato de inauguração das novas instalações de sua sede reformada, contando com a presença do então presidente da FEERJ, Floriano Moinho Peres, que viria a descerrar a placa de inauguração.

Em 15 de março de 1992, foi inaugurado o novo prédio da Travessa Campos Viana, o “Prédio Julieta Moraes de Andrade”, tendo descerrado a placa de inauguração o então presidente da FEERJ Sebastião Fernandes Cadilhe.

D. Lourdes presidiu a Casa até final de 2007, época em que se afastou da presidência, na qual permaneceu por 45 anos.
A diretoria remanescente da chapa da D. Lourdes assumiu interinamente a Casa e decidiu administrá-la, a partir de então, em regime de colegiado. Em 15 de novembro de 2009, foi aprovada a reforma estatutária que instituiu oficialmente a administração colegiada no CEIR.